quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Desmatamento da Amazônia diminui quase pela metade em um ano

Foi divulgado pelo Ministério do Meio Ambiente, após levantamento, que o desmatamento na Amazônia diminuiu 48% entre agosto de 2009 e julho deste ano. Os dados são do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).



Entre agosto de 2008 e julho de 2009, o total desmatado foi de 4.372,79 km2, enquanto entre agosto de 2009 e julho de 2010 foram desmatados 2.293,61 km2, isso representa uma diminuição de 48% no desmatamento da Amazônia.  A expectativa é de que o desmate diminua ainda mais até o fim do ano, de acordo com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

“Nós estamos otimistas, porque o Deter nos sinaliza essa redução em relação ao ano passado, que já havia sido o menor ano [em desmatamento], com dado bastante específico, de quase 50% de redução, o que sugere que nós poderemos ter um número [de redução] também expressivo no fim do ano”, disse.

Apesar da redução no total, o estado do Amazonas registrou um crescimento de 8% no desmatamento em relação a 2009, cujo ministério ainda está tentando identificar as causas desse número. Os municípios de Lábrea e Apuí são os principais responsáveis pelo aumento da área desmatada no estado, segundo Izabella Teixeira.

A ministra afirmou que o levantamento atual apresenta maior solidez do que o do ano passado, pois foi feito num período com menor incidência de nuvens, o que permite um registro melhor das imagens da Terra pelo satélite.

Desde maio de 2004, o Deter (Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real) é um levantamento feito mensalmente pelo Inpe sobre desmatamento na Amazônia, com dados dos satélites Terra/Aqua e Cbers. O programa foi desenvolvido como um sistema de alerta para dar suporte à fiscalização e ao controle do desmatamento. O sistema mapeia tanto áreas de corte raso, como áreas em processo de desmatamento por degradação florestal.

O resultado do Deter para o período 2009/2010 é o menor desde o início da operação do sistema, quando foi registrado um total de 12.310 km2 de área desmatada no país. Nos anos anteriores, o Deter registrou queda, com os seguintes números:

2005/2006: 10.937 km2
2006/2007: 4.972 km2
2007/2008: 8.139 km2
2008/2009: 4.373 km2
2009/2010: 2.294 km2

Estamos progredindo cada vez mais para reduzirmos o desmatamento, todos juntos, cada um fazendo sua parte.

Reciclagem no Brasil deve aumentar por conta da Política Nacional de Resíduos Sólidos

Segundo o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) apenas 2,4% dos resíduos sólidos urbanos são reciclados no Brasil, um país que produz 57 milhões de toneladas de lixo por ano. Esse percentual é pequeno quando comparado com o de outros países da Europa, que reciclam até 45% de seus resíduos. Contudo, empresas do setor de reciclagem enxergam uma chance de aumentá-lo significativamente.

A expectativa deve-se, principalmente, à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), sancionada no mês passado (agosto/2010) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A lei cria regras para o tratamento do lixo e, para especialistas em reciclagem, abre uma grande oportunidade para o setor. A avaliação foi feita pelos participantes do Congresso Internacional de Negócios da Indústria da Reciclagem, aberto hoje (28) em São Paulo. O evento faz parte da feira Expo Sucata e reuniu empresários e representantes da sociedade ligados à gestão do lixo.

“Alguns países da Europa reciclam 45% dos seus resíduos. Podemos chegar lá”, afirmou Stefan David, consultor de reciclagem da Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidros (Abividro) durante a palestra que abriu o evento.

Segundo ele, a PNRS estabelece que todos os agentes envolvidos na fabricação, distribuição, venda e consumo de produtos sejam responsáveis pelos seus resíduos. Estabelece também o fechamento de todos os chamados lixões – locais em que o lixo é depositado sem tratamento ou separação – até o ano de 2014. Isso, de acordo com David, vai obrigar a sociedade e O Poder Público a buscar alternativas para o lixo produzido nas cidades. O aumento da reciclagem é, com certeza, uma delas.

“Se tivermos uma fiscalização séria, fecharmos mesmo os lixões, teremos oportunidades para todo mundo”, complementou o presidente do Instituto Nacional das Empresas de Sucata de Ferro e Aço (Inesfa), Marcos Fonseca. “Oportunidades para nós, que trabalhamos com ferro, mas também para quem trabalha com vidro, plástico, papel e no recolhimento destes materiais”.

Para que isso realmente saia do papel, entretanto, empresários cobram ações do governo federal. Apesar de sancionada, a política de resíduos ainda não foi regulamentada e, portanto, não existem normas claras para sua aplicação nos estados e municípios.

Empresários dizem que também não há recursos suficientes para adotar todas as mudanças previstas na lei em um prazo tão curto. Segundo Ariovaldo Caldagio, diretor do Sindicado das Empresas de Limpeza Urbana no Estado de São Paulo (Selur), sem investimentos, o projeto exemplar pode tornar-se somente uma carta de intenção.

“Podemos sonhar com a mudança na coleta do lixo, mas precisamos investir para torná-la real”, disse ele, durante uma das mesas de debate do congresso.

(Fonte: Agência Brasil / Vinicius Konchinski)

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Desmatamento de Mata Atlântica em SC é o terceiro do país

Mesmo com esse título esta é uma boa notícia, pois Santa Catarina conseguiu reduzir 75% das derrubadas de mata atlântica nos últimos dois anos, mudando do segundo (de 2005 à 2008) para o terceiro lugar da lista de estados que mais sofreram desmatamento.

Estas informações são da sexta edição do “Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica” que analisou nove estados de 2008 até maio de 2010. O líder em desmatamento de mata atlântica é o estado de Minas Gerais que perdeu mais de 12mil hectares da mata, seguido do Paraná com 2.699 hectares derrubados e Santa Catarina com 2.149 hectares de desmatamento. A analise foi feita em 94.912.769 de hectares pela Fundação SOS Mata Atlântica em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).


Referente ao desmatamento de ecossistemas costeiros, de todos os nove estados avaliados, apenas São Paulo teve o registro de 65 hectares de vegetação de restinga perdidos.


Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e São Paulo são consideradas áreas críticas para mata atlântica, de acordo com o SOS, pois são os estados que mais possuem remanescentes florestais em seus territórios e acabam trazendo grandes desmatamentos em números absolutos.

"No caso de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul, é preciso que os governos federal e estaduais atuem firmemente, acompanhados sempre de perto pela sociedade, para diminuir e até zerar estes números pensando em políticas públicas para valorizar a floresta e que promovam o desenvolvimento de negócios que sejam aliados à conservação, como o turismo sustentável, assim como invistam em educação ambiental", reforça Marcia Hirota, diretora de Gestão do Conhecimento e coordenadora do Atlas pela SOS Mata Atlântica.

Você pode ver o Atlas de Remanescentes Florestais de Mata Atlântica direto no site da fundação SOS Mata Atlântica, clicando aqui.

Pesquisadores registram baleia de 11 metros sendo devorada por 30 tubarões

Mais de 30 tubarões foram vistos comendo uma baleia de quase 11 metros nas águas da Cidade do Cabo, na África do Sul. A baleia foi encontrada já morta por pesquisadores, que decidiram deixá-la próxima a uma conhecida zona de alimentação de tubarões brancos, chamada Seal Island.



Ao ser encontrada pelos tubarões, a baleia foi dilacerada durante uma semana, até ser reduzida a ossos e músculo. Segundo o blog da ONG Save Our Seas, que documentou o processo, os tubarões faziam mordidas "testes" para selecionar o que queriam comer, rejeitando músculos e priorizando gordura.

De acordo com a ONG, isso pode ajudar a explicar por que mais de 75% dos ataques em humanos consistem em uma única mordida e depois a liberação do corpo.

A pesquisadora Alison Kock, da ONG Save Our Seas, explicou que os cientistas observaram que os tubarões maiores, de cerca de 4 metros, tiveram prioridade na hora de escolher as áreas que seriam comidas. "Nos dois primeiros dias de "banquete", os tubarões menores ficavam ao redor e só comiam os restos", afirmou.

Foto de milhares de arraias vence prêmio de fotografia ambiental

Realmente o fotógrafo mereceu o prêmio, pois sua foto trata de um impressionante conglomerado de arraias no litoral do México. Pela imagem o fotógrafo alemão Florian Schulz recebeu o título de fotógrafo ambiental do ano concedido pela Chartered Institution of Water and Environmental Management (CIWEM). Este é o quarto ano da competição fotográfica, que recebeu mais de 4.500 imagens de fotógrafos de 97 países nesta edição.



O fotógrafo alemão Florian Schulz explica como conseguiu tirar a foto vencedora:


"Durante uma expedição aérea pela costa mexicana, eu me deparei com algo que nunca tinha visto antes. Nem mesmo o piloto do avião, que está acostumado a pilotar pela área pelos últimos 20 anos, havia visto algo parecido. Quando sobrevoávamos a área procurando por baleias, uma grande mancha negra no mar chamou nossa atenção. Quando chegamos perto, descobrimos o que era: um grande conglomerado de arraias. O grupo era muito coeso e navegava na mesma direção. Eu pesquisei o que significava o fenômeno, mas ninguém foi capaz de explicar.
Após essa observação única, percebi que há muitas maravilhas dos oceanos que ainda precisamos entender. O nosso conhecimento dos mares é tão limitado que eu só esperamo que a gente consiga estudá-lo a tempo, antes que a poluição e a pesca excessiva coloque um fim aos fenômenos".


Definitivamente está foto é impressionante, parabéns ao fotógrafo por conseguir registrar este momeno.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Divulgado relatório de balneabilidade das praias do litoral de SC

A Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina, FATMA, divulgou no último dia 17 de Setembro o 41º relatório de balneabilidade das praias do litoral de Santa Catarina com atualização dos municípios de Florianópolis, Itajaí, Navegantes, Penha, Piçarras, Garopaba, Imbituba, Palhoça, São José, Balneário Camboriú e Governador Celso Ramos.

Conforme o relatório, em Itajaí a situação está boa, todos as praias verificadas estão próprias para banho. Os pontos verificados foram dois pontos na Praia Brava, um em frente a lagoa e outro na Av. José M. Vieira em frente a  rua Doca Rebello. Um ponto na praia de Cabeçudas, em frente a rua Quintino Bocaiúva. E um ponto de verificação na praia do Atalaia, em frente ao posto salva-vidas.

Ainda seguindo o relatório, Balneário Camboriú teve 14 pontos verificados, onde 2 deles estão impróprios para banho. Estes pontos impróprios são um na Praia de Taquaras, lagoa de Taquaras e o outro no Pontal Norte da praia de Balneário Camboríu. Os demais 12 pontos verificados estão próprios para banho.

Você pode conferir o relatório de Nº 41
acessando este link. Vale a pena dar uma olhada pois o relatório é muito simples e fácil de entender.

Post Atualizado: Acabei de receber a listagem de Nº 42 do dia 24 de Setembro de 2010, confira a balneabildiade das praias de SC neste link. Itajaí continua 100% limpa, já Balneário Camboriú apresentou mais uma praia imprópria para banho, totalizando 3 pontos impróprios em suas praias.

Sustentabilidade: Ônibus híbrido começa a circular hoje em Curitiba

Começa a circular nesta segunda-feira um ônibus híbrido, movido por um motor elétrico e outro a diesel.

O Hibribus, nome dado ao ônibus sustentável, irá fazer a linha Interbairros II a partir de segunda-feira, em Curitiba, de acordo com a prefeitura da cidade. O veículo foi fabricado na Suécia pela Volvo e atenderá os passageiros nas próximas três semanas. Dependendo dos resultados, a ideia é fabricar o modelo em larga escala na unidade da Volvo em Curitiba e que ele seja incorporado à frota para a Copa do Mundo de 2014, segundo a prefeitura. Além de Curitiba, o ônibus está sendo testado no Rio de Janeiro e
em São Paulo.



Na fase de testes, o veículo percorrerá 205 quilômetros por dia na capital do Paraná, passando pelos Terminais Capão Raso, Campina do Siqueira, Cabral, Campão da Imbuia e Hauer. O modelo comporta até 80 passageiros, 32 sentados. Ele também facilita o embarque por ter o piso baixo, no mesmo nível da calçada.

Sobre o funcionamento do Hibribus, a prefeitura de Curitiba informou que o motor elétrico é usado para arrancar o ônibus e chegar a uma velocidade de 20 Km/h. A partir disso, o motor a diesel fica responsável pelo funcionamento. Enquanto o ônibus está parado, o motor a diesel fica desligado. De acordo com a prefeitura, a emissão de poluentes do Hibribus é 50% menor do que a dos ônibus comuns e a economia de combustível fóssil fica entre 35% e 40%.

(Fonte: Terra / Prefeitura de Curitiba)